sexta-feira, fevereiro 08, 2008

FLORES DE SILÊNCIO XXVIII


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Você anda confuso, irritável, grita e ninguém o entende. A sua actividade profissional está a ser afectada e, progressivamente, está a apoderar-se de si uma inoperância verdadeiramente assustadora.
A sua relação conjugal não ajuda, os amigos já não sabem o que lhe dizer, e quase todos começam a evitá-lo porque se assustam com os seus repentes.
Sente-se inseguro, triste, frágil, possuído por um sofrimento que não sabe expressar: bastante carência afectiva, uma ânsia em mudar de vida, uma sede de amor sincero, leal e verdadeiro.
Vamos pensar.
Por acaso não sente algum rancor contra alguém? É que se o tiver a sua vida não progride, pode Ter a certeza. Como reclamar por uma vida mais justa, se comete o erro de odiar? A vida não é um processo sequencial de pensamentos separados. Pelo contrário, a vida é uma colheita constante do que mentalmente semeamos.
Reconcilie-se com esse ser para o qual vão tantos pensamentos baços e turvos. Não invente desculpas. Faça-o e mais nada.
Por acaso não sente que o passado está bem vivo dentro de si, principalmente aqueles coisas mais desagradáveis, fazendo-o recordar momentos que são uma autêntica tortura? Então por que continua com isso? Corte com o passado e lembre-se de que se Deus entendeu que não devemos recordar as vidas pretéritas, porque isso seria nocivo à nossa saúde espiritual, e consequentemente física, o mesmo se passa com a vida presente. Desenvolva a capacidade de esquecimento, o domínio mental que tão agradável nos é para essas situações.
Passe uma esponja no que não interessa, cultive as coisas boas da vida e não gaste o seu cérebro com o fútil, o desnecessário. Quando der mais ênfase às coisas boas, seguramente a sua vida mudará.
Por acaso não sente que por vezes um pânico sem sentido, repentino, lhe surge nos momentos mais inoportunos, e o constrange? O que é isso senão a falta de fé, e consequentemente de prece? Já se lembrou de que nós somos essencialmente Espírito e que orar é o seu divino alimento, aquilo que nos faz subir um pouco acima de nós, desta tão grande densidade? Já se lembrou alguma vez que o pensamento gera correntes que cruzam o Universo inteiro, e que um pensamento pelo bem gera luz que ilumina a todos os que vivem em trevas, e consequentemente as nossas vidas?
Se não pensa na luz, se não faz uma prece para pedir perdão pelas suas faltas, pelos que estão em grande provação, mais que nós, pelos seus inimigos e amigos e familiares, como quer que esses pânicos não surjam na sua vida? Eles são o sintoma de que algo está a faltar ao seu Espírito sequioso de paz. Não lhe passe pela cabeça que a sua vida melhora sem a prece. Nunca melhorará sem uma prece.
Por acaso não sente que algo parece que o persegue sem que a sua vontade o possa impedir? Naturalmente. Se não ora, como estar protegido das forças negativas? No entanto, a sua vontade sobre si é soberana. Ninguém pode mais sobre si que você mesmo. A sua fraqueza advém da falta de fé.
Essa tristeza, por sua vez, também é um alerta para com a sua conduta espiritual na Terra. Você precisa desenvolver a sua fé. É o velho problema da humanidade. A vida não progride sem fé, por isso tudo parece estar torto, disforme, inerte.
Mas não está. Não dê força a “essas perseguições” e creia em Deus que maior que Ele não há.
O nosso sofrimento é de facto sagrado para a nossa evolução, chave-mestra do nosso desenvolvimento. Mas ele está dependente da conduta que temos para com a Divindade, os nossos Guias, nós mesmos. Se não acreditamos que a prece chega a todo o lado, o pensamento é uma energia fabulosa, e nós temos o clique que resolve tudo, então somos fracos, muito fracos de espírito.
Bom Fim de Semana

Barbara Diller

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