quarta-feira, abril 03, 2013

O QUE NÓS GOSTARIAMOS DE TER VISTO NOS CENTROS ESPÍRITAS


As portas abertas de par em par a toda a gente, indiscriminadamente.

Ambiente alegre e festivo.

Sorrisos francos nos rostos.

Vivência fraternal.

Leituras comparativas das passagens do Evangelho referentes à Páscoa.

Reflexão sobre quem é Jesus.

Profundo recolhimento em oração.

Apelo a uma profunda vivência cristã.

Gosto em servir.
Os Centros não podem fechar portas nesta altura. O Espiritismo é dos movimentos cristãos com menos vivência pascal (e também natalícia). Ao fazer da doação de bens aos pobres um acto prioritário, fez dele, simultaneamente, um substituto da necessária reflexão e estudo cristológico.

Nada é substituível. A caridade das organizações religiosas não anula o imprescindível estudo que alimenta o espírito e engrandece a fé. Dar, qualquer um dá, mas a fé é virtude grandiosa do Espírito em digressão pelo universo que não pode ser descurada.

O Espiritismo não pode estar reduzido à crença de que a vida continua além-túmulo, através das comunicações com os Espíritos. Para isso não precisamos de ser espíritas, pois os Espíritos comunicam com os seres encarnados em toda a parte.

Quem é trabalhador no Centro espírita sabe que exerce nobre trabalho em prol da paz do mundo. É urgente trabalhar o Evangelho com espírito de recolhimento e sede de aprendizado.

O Espiritismo tem discursos a mais, livros a mais que se repetem, e parte significativa diz nada. O Espiritismo precisa de oração e de recolhimento. Precisa de alimentar a fé com a força de uma palavra que faça acreditar mais em Deus e menos nos Espíritos, que seja apelativa a uma nova vivência espiritual. O Espiritismo precisa de investir na renovação/modificação de todos os que o procuram.

A Páscoa é um bom momento para fortalecer a fé e projectá-la para o inabalável, os alicerces que nos tornam servos do Divino.

Palavras, leva-as o vento. Acções é que se precisam. Acções de oração que apelem à modificação interior. Que a Páscoa seja um momento de profunda renovação.

Que a sua Páscoa tenha sido celebrada com muita santidade.
Margarida Azevedo

1 Comments:

At 1:10 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Sou um espírita brasileiro desde a mocidade. Hoje tenho 55 anos.
Me traz esperança ler suas reflexões.
Não podemos descartar o que de belo as religiões tradicionais construíram ao longo dos séculos, entre acertos e erros.
O Espiritismo aqui no Brasil ainda vive sob aquele mito do progresso, que é bem o positivismo, bem o século XIX.
O moderno, o mais novo, é sempre melhor. A história anda para frente, o que fica para trás é velho, ultrapassado, e não vale a pena cultivar.
Se somos a terceira revelação, para que cultivar, conhecer, ou mesmo repensar, ressignificar a tradição bíblica? Assim pensam lá no fundo, sem confessar, a absoluta maioria.
Que engano meu Deus, que só nos levará à indigência intelectual, sobre os temas espirituais!
Os ventos pós-modernos custam a fazer efeito por aqui.
Você faz bem em cultivar coisas lindas das religiões tradicionais, como a Páscoa e o Natal. Vá enfrente com minha profunda admiração. Deus a cubra de bênçãos. Leoberto.

 

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