quinta-feira, janeiro 03, 2008

FLORES DE SILÊNCIO XXIII


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Há quanto tempo não conversa com o seu corpo? Há quanto tempo não acerta umas contas com o instrumento perfeitíssimo que Deus lhe deu para conseguir viver neste plano físico tão denso? Por acaso já agradeceu a Deus o corpo belo e sublime que tem?
Sabia que o seu corpo também é um instrumento divino, sujeito à lei da evolução como tudo o que povoa este Universo magnífico? Infelizmente não são poucos os que o usam de forma distorcida face às leis de Deus, não são poucos os que o vendem nas malhas do infortúnio. Mas repare, antes de abrir a boca contra esses, que são tão nossos irmãos como o mais sublime dos anjos, pense primeiro no seu mesmo corpo.
Acha que tudo o que tem feito com ele, e por meio dele, esteve sempre correcto? Certamente encontrará no seu íntimo uma respostazinha menos agradável. Talvez encontre mesmo, na sua reflexão interior, uma valente resposta desajeitada. Terá certamente tendência para se desculpar, receando provavelmente a reprovação de Deus, dizendo que o que fez foi muito natural, que se você não se condena a si mesmo Deus também não fará. Terá dentro de si mil e uma respostas para justificar o seu acto. Nem vamos adiantar algumas delas, você tem-nas por demais bem conscientes.
Porém, meu amigo, use o mesmo sistema para com os outros, para com aqueles que pensa estarem muito abaixo de si. Mas, quanto a isso: Cuidado! Cuidado! Já viu a distância que há entre nós e os anjos? Se eles fossem tão intransigentes como nós, o que seria dos nossos pensamentos, dos nossos actos, da nossa conduta diária? Tenha presente de que nós estamos mais perto, bem mais perto do baixo que do alto.
O seu corpo merece toda a atenção e carinho, todo o seu amor. E mais, se os outros, aqueles que são considerados por si como seres desprezíveis face à sua conduta corporal, pensamento que deve deixar já hoje de Ter, faça você uma prece por eles. A mente chega a todo o lado, a todo o lado sem impedimentos, sem barreiras, sem obstruções.
Agradeça a Deus o corpo que tem, seja ele como for pois você tem o corpo que merece, e agradeça por aqueles que ainda não sabem agradecer. Bem haja pela prece, pelo recato pelos outros, pelo amor.

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Ao longo destas páginas tenho-lhe falado intensamente dos nossos deveres espirituais para com o plano físico em que vivemos, bem como para com o plano invisível que nos circunda. É chegado o tempo de pararmos e pensarmos por uns breves momentos sobre quais os objectivos de semelhante tarefa.
Sofrer, pagar e ajustar, pois a nossa vida é cheia de cavernas, umas mais escuras, outras não tanto, no processo evolutivo a que Deus nos fez a graça de pertencermos.
Perdoar e esquecer, caso contrário prolongamos a estada num plano que, definitivamente, não queremos por muito mais tempo. Estamos por demais cansados de tantas vidas e, teimosamente, tão pouca evolução.
Salvar, emancipar, crescer, espalhar por toda a parte, divulgar pelo Universo inteiro que somos os criadores do nosso mesmo fado na lei de causa e efeito, na trama de acções e reacções a que vamos sendo submetidos pela força do nosso livre-arbítrio.
Compreender que o Universo inteiro se rege por leis magníficas, perfeitas e imutáveis, às quais todos estamos igualmente sujeitos no nosso processo evolutivo, seja ele na Terra, seja nos outros mundos que o compõem.
Brilhar, brilhar e brilhar quais sóis, redes estelares espalhando luz que cintila por todos os mundos, que a todo o momento estão a ser criados, dilatando o universo, expandindo-o em amor e beleza.
Cada um de nós é um desses futuros mundos, embriões de futuros Cristos, de futuras auras que irradiarão pelo cosmos sagrado de Deus.

Barbara Diller

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