segunda-feira, abril 28, 2008

MORTE É FELICIDADE IX


O QUE É A MORTE. (CONCLUSÃO)
a) Se a morte é tão desejada para um Espírito, então está justificado o suicídio. Desta forma, ao suicidar-se a Entidade encontra mais facilmente a libertação do que a prende à matéria. Não será assim?

Não. De modo nenhum. A morte pelo suicídio não é uma morte de prazer para o Espírito desencarnante, mas um acto caracterizado pela angústia. Aliás, em qualquer morte, a Entidade não tem como certeza o mundo de luz que tanto deseja. Desencarnar é mergulhar no desconhecido, apenas mais liberto da densidade da matéria.
Já temos dito em livros anteriores, que vimos à Terra para pagar os nossos débitos. Isso significa que temos um período determinado para estar aqui, o qual deve ser abandonado quando e somente esses débitos estiverem pagos. Como é que nós o sabemos? Simplesmente não sabemos, porque se o soubéssemos entraríamos em depressão profunda, e certamente desencarnaríamos antes do terminus dos traços kármicos.
Além disso, o suicídio não corta os laços que prendem o Espírito à matéria. Bem pelo contrário, o Espírito continua a “viver na Terra”, sentindo tudo como se tivesse corpo físico, acrescido do sofrimento próprio do meio no qual é inserido como e enquanto suicida (ver Espiritismo em Portugal, O levantar do véu, pp. 239-254).
A morte por suicídio não é um estado de graça de missão cumprida, mas uma sugestão ou mera suposição de que se vai encontrar o mundo de paz que se não teve aqui. O suicida é um materialista que pensa que a morte é uma estrutura do corpo, uma mudança radical do modo de existência, uma fuga aos problemas da vida física e nada mais. Ele desconhece que a morte é uma passagem para o Espírito, permanecendo os seus problemas e o seu sofrimento, pois estes independem do corpo. Ele não sabe que do lado de lá o sofrimento pode ser maior. O suicida é um doente que não compreende que o sofrimento a ele o deve.
Barbara Diller

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