UMBRAL, UM LUGAR COMPLEXO
“Todo pensamento implicitamente falso, toda máxima contrária à sã moral, todo conselho ridículo, toda expressão grasseira, trivial ou simplesmente frívola, qualquer sinal de malevolência, de presunção ou de arrogância, são indícios incontestáveis da inferioridade de um Espírito.” (1)
Os Srs. Leitores, que já me
conhecem, sabem que não é do meu agrado falar do lado de lá. Até porque, além da nossa sensibilidade e do nosso
entendimento tão rudimentares, estamos ainda condicionados pela lei sapiente do
esquecimento do passado, o que, à partida, nos projecta para o futuro, que
almejamos sempre mais risonho do que o presente. Se tivéssemos uns laivos,
ainda que incipientes, de alguma reminiscência, talvez pudéssemos adiantar
alguns aspectos. No entanto, isso seria pura ilusão. Por sabedoria divina,
estamos submetidos à lei do progresso, com os seus patamares, o que, por agora,
significa estarmos submersos numa existência ainda demasiado densa e envolvidos
por uma matéria demasiado grosseira. Entregues à fantasia, e quantas vezes ao
devaneio, deixando cair por terra a tão necessária objectividade, desenhamos
mundos com a nossa imaginação mas que nos parecem reais. Por outro lado, há
quem confunda a revelação de uma ou outra vida passada com a noção do que são
os mundos habitados. Ora, uma coisa nada tem que ver com a outra. Além disso,
quando se fala de revelação há que ter em conta da utilidade da mesma.
Por todas estas razões, e por via da
coerência, não partilho das descrições que são feitas desses mundos, nem da
confusão entre vidas passadas e os mesmos. Além disso, semelhantes revelações
em nada trariam mais fé, e em nada contribuiriam para a modificação interior do
ser humano. Muito pelo contrário. A revelação do passado espiritual iria
aumentar significativamente os conflitos existenciais no mundo, e já temos que
chegue. Penso que é tempo de o ser humano deixar de vez as preocupações com o
além e ocupar-se com o planeta em que vive, que bem precisa de todos nós.
O umbral não escapa a essas
descrições, sobre as quais não há consenso. É descrito como um local para onde
vão os que não evoluíram na terra, ou para onde vão todos os que viveram na terra, o que não é a mesma coisa. Em comum
temos o facto de a permanência não ser definitiva, nem para uns, nem para
outros. Como habitualmente em Espiritismo, há uma pesada carga moral, isto é, a
vivência dentro dos parâmetros da moral é que vai decidir para que nível do
umbral os Espíritos ingressam. Que parâmetros são esses, ninguém sabe. Por
exemplo, ser bom cidadão, bom pai ou boa mãe não se restringe apenas à
individualidade, mas há todo um contexto social. Há comportamentos de bons
cidadãos, bons pais e boas mães que são opostos, ou mesmo chocantes face às
diferentes culturas. Não falta quem mate a esposa por um cisma qualquer, e veja
nisso um acto virtuoso; reciprocamente, não faltam médiuns a quem lhes aparecem
assassinos felizes da vida por terem limpado o mundo de indivíduos nocivos,
passado a ideia de que foi um acto nobre.
Vou basear-me em Kardec. Tenhamos, porém,
em linha de conta que a nossa distância do séc. XIX kardecista caracteriza-se
por uma rejeição da Ciência, pondo-se em causa verdades científicas. Se o
Iluminismo se impôs pelas suas descobertas científicas e novas reflexões
filosóficas e teológicas, hoje pretende-se remeter esse período para o sótão
das velharias. Já não está em causa querer descobrir as leis imutáveis que nos
regem, mas viver munido de tecnologia que nos permita dominar o universo,
autêntica alucinação numa nova versão do super-homem, desta vez isolado,
infeliz, desprotegido, infantilizado, idiotizado, crédulo, desprovido de
liberdade, mal intuído, à mercê de todo o tipo de negatividades.
Não pretendo impor-me ao que muito
se diz sobre esta matéria, menos ainda criar uma teoria sobre a mesma. O que
vou fazer, muito sinceramente, é cometer o atrevimento de escrever umas linhas
sobre o umbral, recorrendo exaustivamente a Kardec porque muitos não conhecem a
Codificação, outros porque já a esqueceram. À partida, vou usar o vocábulo umbral por ser o mais acessível à
maioria dos leitores. Desconheço se é o termo mais correcto para designar
aquilo a que espíritas, e não só, referem com tal conceito. O termo, no
entanto, parece-me problemático.
A palavra vem “Do espanhol umbral, do antigo catalão limbrar, do latim liminares, - e,
relativo à soleira da porta.”*, designa o “Ponto de passagem para o interior ou o início de algo.”* Não é uma
palavra da Codificação espírita, Kardec desconheci-a por completo. Entra no
léxico espírita no séc.XX com F. C. Xavier, através da obra Nosso Lar, publicada em 1944. É definido
como a 4ª dimensão, uma região fluídica que funciona como um filtro onde
ninguém ingressa por castigo divino, mas por necessidade de limpeza espiritual
ou depuração. Para muitos, toda a gente vai para o umbral depois do desencarne,
inevitavelmente. E porquê? Porque no umbral é onde estão todos os estados de
consciência, dos mais atormentados ou negativos, aos mais elevados, segundo os
nossos parâmetros. Isto é, sendo que todos somos pecadores, todos somos,
potencialmente, umbralinos.*
Há quem compare o umbral com:
O purgatório, no Catolicismo, o qual
consiste num lugar onde as almas passam por um processo de purificação antes de
ingressarem no paraíso; lugar, simultaneamente, de reflexão e expiação.
O bardo, no Budismo Tibetano, que consiste
num estado entre a morte e a encarnação. Aí, o Espírito procede a uma reflexão
sobre o passado, a qual vai ser determinante para a encarnação seguinte.
O sheol, no Judaísmo, terra do
esquecimento, lugar de sombras, morada dos mortos. Não há punição, no entanto é
“um estado de existência separado da vida
plena com Deus.”**
O hades, na Mitologia Grega, lugar dos
mortos, morada das almas dos falecidos. Conforme o modo como viveram, assim “podem experimentar diferentes níveis de
conforto ou sofrimento.”**
Aparentemente, parece que há alguma
similitude com estas doutrinas. Porém, não é bem assim. Aquilo que nos chega
como umbral, pelas Entidades nos trabalhos de evangelização, não é compatível
com um plano de purificação antes de entrar num suposto paraíso, nem lugar de
esquecimento. Também não é lugar de reflexões profundas, na maioria
dos casos, pois que o sofrimento
nessas regiões é de tal forma que o principal objectivo é aliviá-lo. Isto significa que nunca nos chegou a
informação de que o umbral fosse um lugar
leve. Bem pelo contrário, é de
uma densidade profunda. No entanto, é onde o Espírito toma alguma consciência de si mesmo, recebe uma relativa informação sobre
a vida espiritual, dependendo, sempre, do seu estado evolutivo (nível
cognitivo, e principalmente afectivo), o qual, por sua vez, espelha o modo como
viveu na terra. Assim, o umbral é o lugar onde é relativamente avivada a
memória das suas práticas terrenas, as quais foram a causa do seu ingresso num
dos níveis de semelhante lugar. Dito de outro modo, o umbral parece ser um
lugar de preparação para uma suposta encarnação na terra.
Mas nem tudo aí é dor ou sofrimento, tal
como o entendemos. No umbral habitam igualmente seres de uma inteligência
super-desenvolvida, versados nas mais diversas áreas, da ciência às artes, da
teologia à filosofia, produzindo grandes teorias, construindo sistemas, correntes
de pensamento que, para nós, fazem todo o sentido, mas que no fundo são
altamente trevosas.
Neste sub-mundo super-povoado que nos
circunda vivem muitas das Entidades que comunicam com a terra, afinizadas com
os que aqui vivem, alimentando e desenvolvendo-lhes os sentimentos de vingança,
ódio, inveja, falsas noções axiológicas, éticas e morais, religiosas e
políticas. Intuindo pensamentos desajustados, porém meticulosamente elaborados
e rebuscados, não falta quem na terra lhes dê ouvidos, seres reencarnados em
tudo semelhantes a essas Entidades, obedecendo-lhes cegamente. Estes
obedientes, julgando estarem perante raciocínios muito avançados, vão iludindo,
por sua vez, outros ainda mais cegos. Numa época em que tanto se fala em crise
de liderança, eles são vistos como sobre-dotados, grandes líderes, até mesmo
profetas. Contudo, se os víssemos como eles verdadeiramente são, assustar-nos-íamos,
afirmam os Mentores. E temo-los em todos os sectores da vida.
No entanto, os Espíritos que se dedicam a
este trabalho maléfico vivem eles próprios acorrentados a esses sistemas,
desprezam os ensinamentos dos seus Mentores que abnegadamente os tentam
doutrinar, retardando o seu progresso espiritual. Estando entre nós, por toda a
parte, com o fito de criar desentendimento, ingovernabilidade, guerra,
destruição, quer da natureza, quer do próprio ser humano, vivem a felicidade do
bruto.
Os Mentores dos grupos de trabalho de
evangelização são unânimes em lembrar, face às afinidades com esses Espíritos,
que nós somos uma extensão do umbral na própria terra. A densidade pesa de tal
maneira que nem nós que aqui habitamos temos, para nossa mesma protecção, a
noção do que se passa ao nosso próprio planeta, do sub-mundo, do negativismo
extremamente perigoso que nele existe, apelando por isso ao desenvolvimento da
fé, ao cultivo das virtudes, à vigilância do pensamento e à oração constante. Os
Mentores esclarecem-nos que vivemos circunscritos a um ambiente, compatível com
a nossa resistência psicológica, sem nos darmos conta disso. Isto significa
que, por essa e por outras razões, gravitamos em áreas muito específicas. Por
muito que uma pessoa viaje, ou simplesmente que se desloque para trabalhar em
outro país, é sempre em torno de um ambiente idêntico.
Esse sub-mundo na terra, que é crescente,
pode habitar ao nosso lado e nem damos por isso. Quantas vezes, nos
telejornais, temos a notícia de que um dos vizinhos é um traficante de armas, um
casal do prédio ao lado é serial killer, ou
o amigo com quem tomava café após o jantar é pedófilo?! E eram todos tão boas
pessoas. Acrescente-se que, superando as questões de vizinhança, e as do
progresso tecnológico em que estamos envolvidos, há a escravatura, em pleno
século XXI, é bom lembrar. Efectivamente, o primitivismo é o que melhor
caracteriza a humanidade. A inveja, a cobiça e a mentira proliferam um pouco
por toda a parte, a par dos falsos testemunhos, das injustiças, da criação de
pobreza, etc.
Esta triste realidade, dando ares de que se
está num beco sem saída, o que ainda é pior, desenvolve gradativamente a crença
nos demónios e nos seres super-poderosos. Assim, a fé cada vez mais fragilizada
vai descendo na densidade entregando-se aos seres do umbral, os quais vão
tomando o lugar que deveria ser da fé em Deus Todo-Poderoso. Dito de outro
modo, pensa-se mais nos demónios do que em Deus. A crendice sedimenta-se, os
bruxos e os respectivos talismãs continuam a ser um negócio rentável.
Vejamos sucintamente quais as áreas da
vida terrena mais propícias à influência do umbral. Para já, vamos partir da
premissa de que tudo o que aprisione o ser humano de forma a desenvolver-lhe a
superstição, impedindo-o de pensar livremente, que imponha o medo e a
desconfiança é de anular com uma fé
firme e determinada porque poder, só Deus…
Vejamos o que ainda está longe de ser
banido, infelizmente muitas vezes alimentado pelas próprias religiões como meio
de angariar fundos. A verdadeira fé não dá dinheiro, mas liberdade de crer.
1.
Crença em objectos com poderes, ou talismãs;
2.
Crença em palavras mágicas e fórmulas mágicas.
3.
Crença em lugares assombrados ou privilegiados para a
manifestação dos Espíritos;
4.
Crença em dias e horas preferidos pelos Espíritos;
5.
Crença de que os familiares mortos são santos que vivem
no eterno descanso;
6.
Crença de que há demónios no sentido de seres
eternamente vinculados ao mal;
7.
Crença em anjos decaídos
Passemos a palavra à Codificação:
1-
17.ª Certos
objectos, como medalhas e talismãs, têm a propriedade de atrair ou repelir os
Espíritos conforme pretendem alguns?
“
(…) a matéria nenhuma ação exerce sobre os Espíritos. (…) nunca um bom Espírito
aconselhará semelhantes absurdidades. A virtude dos talismãs, de qualquer
natureza que sejam, jamais existiu, senão, na imaginação das pessoas
crédulas.”. (2)
2- “Qual pode ser o efeito de fórmulas e práticas com as
quais certas pessoas pretendem dispor da vontade dos espíritos?
- O
de as tornar ridículas, se são de boa-fé; (…) todas as fórmulas são
charlatanice; não há nenhuma palavra sacramental, nenhum signo cabalístico,
nenhum talismã que tenha qualquer acção sobre os Espíritos, porque eles são
atraídos pelo pensamento e não pelas coisas materiais.” (3)
3- 18.ª Que se deve pensar dos Espíritos que
marcam encontros em lugares lúgubres e a horas indevidas?
“
Esses Espíritos se divertem à custa dos que lhes dão ouvidos.” (2)
4-
19.ª Haverá dias e
horas mais propícias para as evocações?
“
(…) isso é completamente indiferente, como tudo o que é material, e fora
superstição acreditar-se na influência dos dias e das horas.” (2)
5- “ Em que se transforma a alma no instante da morte?
-
Volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos que ela havia
deixado temporariamente.” (4)
6- “Há Espíritos que ficarão perpetuamente nas
classes inferiores?
-
Não; todos se tornarão perfeitos.” (5)
7- “Os Espíritos podem degenerar?
- Não.
(…) Quando o Espírito conclui uma prova, adquiriu conhecimento e não mais o
perde.” (6)
Estes aspectos que acabo de
referenciar são os mais básicos, os que nos prendem, por desconhecimento de nós
mesmos e das forças da Natureza, a vivências rudimentares espelhando uma fé
baseada no medo. Acreditar que há demónios e temê-los, é uma coisa, outra bem
diferente é evocar as forças maléficas para prejudicar o próximo.
Muito embora vivamos num planeta de
provas e de expiações, não mais que uma apresentação de umbral, cabe-nos
desenvolver a vontade e a força para ultrapassar a nossa condição. Um bom
caminho será, por exemplo, perguntarmo-nos: O
que é que eu desejo na minha vida? O que é para mim mais importante?
João Rucha Pereira diz, numa das
suas entrevistas, que precisamos de uma educação para a paz, introduzida no
ensino. Efectivamente, na minha vida eu posso desejar uma melhor educação que,
no tempo em que vivemos, começa por novas disciplinas, a paz seria uma delas;
aprender a pedir a Deus a saúde, que é o mais importante, mas também a
partilha; apreciar a magnânima noção de suficiência, pois que a ganância ofusca
o pensamento, desvalora o importante e fragiliza, consequentemente, a saúde;
desenvolver a fé, mas perceber que a minha não é a única.
Perceber que a vida é a coisa mais
importante que há e, muito embora a Doutrina afirme que não há mistérios,
Kardec e as Entidades que me perdoem, mas a vida é um grande mistério. Porém,
certamente estamos a falar de conceitos de mistério completamente diferentes.
Os rios e os oceanos, as florestas, a fauna com toda a sua diversidade, das
aldeias às cidades tudo tem a mão de Deus.
Não podemos continuar a ser cristãos
à procura de Cristo, vivendo arreigados a um passado que se pretende aterrador,
um presente inseguro e um futuro incerto. Temos que saber conciliar a nossa
procura interna com a externa, o individual e o colectivo, o inato e o
adquirido.
O umbral que habita no nosso coração
está a criar, alimentar e desenvolver a desconfiança. Já não se acredita em
ninguém e a crença cega e irreflectida está a dar ares de verdade absoluta. O
discurso alucinado, os rituais perigosos, os sacrifícios humanos, o ignóbil e o
colossal, as teorias perigosas há muito que deixaram de constituir-se em grupos
à parte. Pelo contrário. Estão espalhadas dentro dos grupos já existentes. São
cada vez mais os crentes que não têm um discurso coerente. Tornou-se
relativamente vulgar ver ovnis em forma de camioneta, que deixava ver os
passageiros através dos vidros, há quem não distinga o sonho da realidade, há
quem despreze a razão e há quem a sobrevalorize, e são cada vez mais os que têm
a verdade na algibeira, mergulhados no lodo da intolerância, cada vez mais
agressivos, perigosos porque fanáticos. É a loucura no seu melhor.
Os dirigentes religiosos sem
escrúpulos têm aí matéria-prima. A infelicidade é o maior meio de recruta de
fiéis à beira de um ataque de nervos. Discernir, hoje, que nem todos os que
falam de paz, fé, tolerância, amor, verdade, liberdade, e até de Deus têm
alguma coisa a ver com isso, e que tais conceitos são isco para atrair as
pessoas, abusando da boa-fé das mesmas, é uma verdadeira aventura. Percebê-lo
implica uma transformação, metanoia, a que Jesus nos convida,” todos, todos, todos”, como diz o papa
Francisco, diariamente. “Metanoia é a
renovação interior, inconformismo com o ambiente exterior e com a sua
mentalidade. Pressupõe a arte do discernimento espiritual.” (7)
A humanidade está no arame sem rede, muito
longe da certeza de que quem acredita em Deus não precisa de acreditar em mais
nada. Um espírita não acredita nos Espíritos, mas tenta compreendê-los na
incrível continuidade da vida.
(cont.)
Margarida Azevedo
(1)
KARDEC,
A., O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina
Segundo o Espiritismo, LAKE, São Paulo, 1997, Primeira Parte - Doutrina, cap. X, Intervenção dos Demónios nas Diversas Manifestações, p.115.
*In: dicionário.priberam.org
**Copilot
(2)
KARDEC,
A., O Livro dos Médiuns, FEB, RJ,
1977, Segunda Parte – Das Manifestações Espíritas, cap. XXV, Das Evocações, 282, Questões sobre as evocações, p. 353.
Vide o.c., 1997, cap. X, Intervenção dos
Demónios nas Modernas Manifestações, p. 111.
(3)
___________,O Livro dos Espíritos, CEPC, Lisboa,
1984 Livro Segundo, Mundo Espírita ou dos Espíritos, cap. IX, Intervenção dos Espíritos no Mundo Corpóreo,
perg. n.º 553, p.242.
(4)
__________,
idem, cap. III, Retorno da vida Corpórea
à Vida Espiritual, perg. n.º 149, p.116,
(5)
__________,
idem, cap. I, Dos Espíritos, perg.
n.º 116. p. 103.
(6)
__________,
idem, ibidem, perg. n.º 118.
(7)
HALÍK,
T., A Tarde do Cristianismo, O Tempo e a Transformação,
Paulinas, Prior Velho, 2022, cap. X, Um
Terceiro Iluminismo?, p.175.
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