FLORES DE SILÊNCIO XIV
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Às vezes, sem nos darmos conta, estamos a pensar na morte. E pensamos assim: “Como é que eu irei morrer? De doença? De acidente? Irei dar trabalho aos meus familiares? E o que será de mim? Que justiça me espera? Como será a vida no outro lado? Será o nada?”
Meu amigo, não perca tempo com questões sem resposta. Pense nas respostas que já tem. Afinal, você sabe mais da sua morte do que pensa, você já nasceu e morreu tantas vezes, apenas não se lembra.
Mas para lá das reencarnações que caracterizam as nossas vidas, todos os dias nós morremos um pouco. Por exemplo, todas as noites, ao adormecermos, sonhamos e esses sonhos são encontros da nossa alma com quem há muito não vemos, de quem temos imensas saudades.
Os sonhos são visitas muito queridas, mortes extremamente agradáveis que, não raro, lamentamos serem interrompidas pelo acordar e consequente “reingresso” no mundo carnal. Por isso, desejamos muito essa morte, que no estado de vigília tanto aflige aos que têm pouca fé.
Tenha sempre presente que o Espírito, encarcerado no corpo carnal, sente-se como uma ave na gaiola. Por outras palavras, nós somos seres enjaulados (não receie a palavra) que anseiam o dia da liberdade. A morte não é um fim. Ela é vida, passagem para a verdadeira vida tão sonhada: a liberdade, a justiça, a paz e o amor, aquele abraço que há muito se não dá, se calhar não se dá até há uma ou mais vidas.
Não somos nós que morremos, mas preze a Deus que com o desencarne morramos para tantos actos que ainda nos caracterizam, tantos gestos sem doçura, tantos espinhos por cortar.
Que a morte seja o fim da insolência, da descrença, da vaidade. Que ela nos arranque do egoísmo ao qual estamos agarrados como a lapa à rocha, nos emancipe, nos ensine e nos dirija para um ambiente, ainda que apenas um milímetro mais elevado que este que por agora temos. Se isso nos acontecer, se formos merecedores desse milímetro, já somos dos felizes.
Pense que tudo isso é possível, e muito mais, se para tanto viver em paz consigo mesmo, com os outros e com o Universo que nos tem como parte do seu ser. Veja-se como uma estrela, sinta-se de uma beleza infinita, encontre-se na casa de Jesus, que nos legou a herança da morte como a graça de caminhar para Deus.
As palavras de Jesus são para nós uma escritura sagrada. Se Ele disse que ia para o Pai e não nos deixaria órfãos, que ficaria connosco até à consumação dos séculos, então é isso que acontece. Ele está connosco até ao fim dos tempos, ajudando-nos, amparando-nos, dando-nos todo o apoio nesta nossa falta de fé.
Se só tivéssemos ajuda quando temos realmente fé, que ajuda teríamos? Mas Jesus é a suma bondade. Ele envia-nos constantemente os Seus raios de luz sobre as nossas cabeças, os Guias que tanta coragem nos dão para continuarmos a viver com a força necessária para vencermos.
Com Jesus sabemos que a morte é ingresso no outro reino, apenas precisamos de não vacilar e compreender que estamos acompanhados por Aquele que deu a vida por nós, que prometeu a Sua presença eterna junto dos que têm na vida um objectivo maior: vencer o medo da morte, Ter nela a certeza de que um outro dia vai nascer, com mais sol, com mais verdade.
Tenha fé. Pense nas palavras de Jesus.
40
Está confuso. Passou algum tempo a ler livros sobre religiões e chegou à conclusão de que: ou dizem todas o mesmo, ou estão todas diametralmente opostas, ou ninguém se entende.
Sentiu que algumas vezes o discurso parecia incoerente, surgiram muitas dúvidas, interrogações pertinentes, questões metafísicas, pensamentos transcendentes. Vejamos se podemos dar uma ajuda.
O que procura nas religiões? A verdade esclarecedora? O discurso dos humildes? A vontade de bem fazer? A paz para o Espírito? A serenidade para mente? Uma resolução rápida e fácil para as suas angústias? Uma explicação para o sofrimento ou uma resolução ou resposta para o fenómeno da morte? A imortalidade? Assegurar um lugar no céu?
Para alguns, talvez a religião ainda seja isso. Para si, após a sua interrogação constante, talvez não. Tudo depende do ponto em que se colocou. A religião é uma congregação de ideias e ideais partilhados por Entidades espiritualmente semelhantes, encarnadas e desencarnadas.
Na religião partilham-se de modo semelhante angústias, erros, fracassos, formas de superação, etc. Porém, elas não podem ir além das suas magras capacidades, as quais só fazem sentido durante um período muito curto da vida do homem.
São importantes durante uma determinada época da Terra, mas depois são ultrapassadas por novas correntes, mais desenvolvidas, progressivamente mais esclarecidas até que um dia, um dia, todos os homens, encarnados e desencarnados, face ao actual estado evolutivo do planeta Terra, falarão uma só língua universal, o idioma da paz e do amor.
A espiritualidade é de uma outra natureza, é algo que nós não tocamos, ainda que ao de leve, e donde a religião nem sequer é uma imagem distorcida. Ela nasceu com os homens e morre com eles. A espiritualidade, após estes terem ultrapassado, todos, as diferenças ideológicas, é algo que começa, qual criança nos bancos da escola maternal, a despontar no coração dos homens.
A religião é o embrião da espiritualidade, tal como o homem, no seu actual estado de progresso, é o embrião do arcanjo em que se tornará um dia.
Às vezes, sem nos darmos conta, estamos a pensar na morte. E pensamos assim: “Como é que eu irei morrer? De doença? De acidente? Irei dar trabalho aos meus familiares? E o que será de mim? Que justiça me espera? Como será a vida no outro lado? Será o nada?”
Meu amigo, não perca tempo com questões sem resposta. Pense nas respostas que já tem. Afinal, você sabe mais da sua morte do que pensa, você já nasceu e morreu tantas vezes, apenas não se lembra.
Mas para lá das reencarnações que caracterizam as nossas vidas, todos os dias nós morremos um pouco. Por exemplo, todas as noites, ao adormecermos, sonhamos e esses sonhos são encontros da nossa alma com quem há muito não vemos, de quem temos imensas saudades.
Os sonhos são visitas muito queridas, mortes extremamente agradáveis que, não raro, lamentamos serem interrompidas pelo acordar e consequente “reingresso” no mundo carnal. Por isso, desejamos muito essa morte, que no estado de vigília tanto aflige aos que têm pouca fé.
Tenha sempre presente que o Espírito, encarcerado no corpo carnal, sente-se como uma ave na gaiola. Por outras palavras, nós somos seres enjaulados (não receie a palavra) que anseiam o dia da liberdade. A morte não é um fim. Ela é vida, passagem para a verdadeira vida tão sonhada: a liberdade, a justiça, a paz e o amor, aquele abraço que há muito se não dá, se calhar não se dá até há uma ou mais vidas.
Não somos nós que morremos, mas preze a Deus que com o desencarne morramos para tantos actos que ainda nos caracterizam, tantos gestos sem doçura, tantos espinhos por cortar.
Que a morte seja o fim da insolência, da descrença, da vaidade. Que ela nos arranque do egoísmo ao qual estamos agarrados como a lapa à rocha, nos emancipe, nos ensine e nos dirija para um ambiente, ainda que apenas um milímetro mais elevado que este que por agora temos. Se isso nos acontecer, se formos merecedores desse milímetro, já somos dos felizes.
Pense que tudo isso é possível, e muito mais, se para tanto viver em paz consigo mesmo, com os outros e com o Universo que nos tem como parte do seu ser. Veja-se como uma estrela, sinta-se de uma beleza infinita, encontre-se na casa de Jesus, que nos legou a herança da morte como a graça de caminhar para Deus.
As palavras de Jesus são para nós uma escritura sagrada. Se Ele disse que ia para o Pai e não nos deixaria órfãos, que ficaria connosco até à consumação dos séculos, então é isso que acontece. Ele está connosco até ao fim dos tempos, ajudando-nos, amparando-nos, dando-nos todo o apoio nesta nossa falta de fé.
Se só tivéssemos ajuda quando temos realmente fé, que ajuda teríamos? Mas Jesus é a suma bondade. Ele envia-nos constantemente os Seus raios de luz sobre as nossas cabeças, os Guias que tanta coragem nos dão para continuarmos a viver com a força necessária para vencermos.
Com Jesus sabemos que a morte é ingresso no outro reino, apenas precisamos de não vacilar e compreender que estamos acompanhados por Aquele que deu a vida por nós, que prometeu a Sua presença eterna junto dos que têm na vida um objectivo maior: vencer o medo da morte, Ter nela a certeza de que um outro dia vai nascer, com mais sol, com mais verdade.
Tenha fé. Pense nas palavras de Jesus.
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Está confuso. Passou algum tempo a ler livros sobre religiões e chegou à conclusão de que: ou dizem todas o mesmo, ou estão todas diametralmente opostas, ou ninguém se entende.
Sentiu que algumas vezes o discurso parecia incoerente, surgiram muitas dúvidas, interrogações pertinentes, questões metafísicas, pensamentos transcendentes. Vejamos se podemos dar uma ajuda.
O que procura nas religiões? A verdade esclarecedora? O discurso dos humildes? A vontade de bem fazer? A paz para o Espírito? A serenidade para mente? Uma resolução rápida e fácil para as suas angústias? Uma explicação para o sofrimento ou uma resolução ou resposta para o fenómeno da morte? A imortalidade? Assegurar um lugar no céu?
Para alguns, talvez a religião ainda seja isso. Para si, após a sua interrogação constante, talvez não. Tudo depende do ponto em que se colocou. A religião é uma congregação de ideias e ideais partilhados por Entidades espiritualmente semelhantes, encarnadas e desencarnadas.
Na religião partilham-se de modo semelhante angústias, erros, fracassos, formas de superação, etc. Porém, elas não podem ir além das suas magras capacidades, as quais só fazem sentido durante um período muito curto da vida do homem.
São importantes durante uma determinada época da Terra, mas depois são ultrapassadas por novas correntes, mais desenvolvidas, progressivamente mais esclarecidas até que um dia, um dia, todos os homens, encarnados e desencarnados, face ao actual estado evolutivo do planeta Terra, falarão uma só língua universal, o idioma da paz e do amor.
A espiritualidade é de uma outra natureza, é algo que nós não tocamos, ainda que ao de leve, e donde a religião nem sequer é uma imagem distorcida. Ela nasceu com os homens e morre com eles. A espiritualidade, após estes terem ultrapassado, todos, as diferenças ideológicas, é algo que começa, qual criança nos bancos da escola maternal, a despontar no coração dos homens.
A religião é o embrião da espiritualidade, tal como o homem, no seu actual estado de progresso, é o embrião do arcanjo em que se tornará um dia.