MORTE É FELICIDADE XXVIII
A IMPORTÂNCIA DOS MORTOS NA VIDA DOS VIVOS
(Continuação)
4. Mortos trevosos
Se os encarnados não dessem uma tão grande importância aos mortos, não os admirassem, não lhes conferissem estatuto de santidade ou de perfeição, certamente que a trevosidade que caracteriza a muitos deles seria letra morta.
A nossa afinidade com as trevas é mais forte do que pensamos, conduzindo-nos a companhias espirituais nada virtuosas. Intuições erradas, vidências desconcertantes, teorias sem coerência, poesia ridícula, sonhos perturbantes, enfim, um nunca mais acabar de situações às quais a fascinação confere estatuto de sabedoria.
Os mortos, muito embora não saibam mais do que nós, conhecem o nosso íntimo, as nossas ambições. Os mais trevosos servem-se desses conhecimentos e usam-nos, através dos nossos meios mediúnicos, a fim de conseguirem seus objectivos. Se não lhes déssemos ouvidos, estariam impedidos de nos perturbar. Ouvi-los é expor-se a grandes tormentos, pois há-os bem perigosos, sempre prontos a criarem infernos nas nossas vidas.
Posto isto, “Que pensam de nós os Espíritos que estão ao nosso redor e nos observam?
-Isso depende. Os Espíritos levianos riem das pequenas traquinices que vos fazem, e zombam das vossas impaciências. Os Espíritos sérios lamentam as vossas trapalhadas e tratam de vos ajudar.” (KARDEC,A., o.c., p. 217, questão n.º 458). Vejamos exemplos concretos elucidativos destes comportamentos.
* Uma senhora, muito crente na manifestação exclusivamente benéfica dos Espíritos, costumava, à hora da sua prece diária, receber “comunicações” que julgava muito importantes para a sua vida. Essas comunicações tornaram-se de tal modo comuns que ela já não prescindia da sua conversazinha com os Irmãos do Além.
Certo dia, uma das Entidades comunicantes aconselhou-a a visitar uma irmã, fazendo-a crer que esta tinha adoecido repentinamente tomada por uma doença grave. Crédula e ingénua, a senhora acreditou.
Resultado, fez as malas e disse ao marido que tinha de ir ao Norte, pois a irmã estava muito mal. Uma vez chegada ao destino, encontrou a irmã de perfeita saúde que, além de não acreditar no que a esta lhe contara, aconselhou-a a não ir em conversas de mafarricos.
* Dois primos, que nutriam bastante simpatia espiritual um pelo outro, costumavam, uma vez por semana, ler e comentar o Evangelho em casa de um deles. Certo dia, uma Entidade manifestou-se dizendo que precisava urgentemente de falar, pois tinha sido familiar de um dos seus vizinhos.
Aproveitou a comunicação para se queixar de ter sido abandonada pelos familiares, que nunca mais o recordaram, e pediu-lhes encarecidamente que falassem com determinada pessoa a fim de lhe fazer compreender que precisava da sua prece. Queria igualmente que lhe fizessem o obséquio de a convencer de que a jóia de família que esta havia herdado, um anel de noivado valioso, em verdade não era para si mas para outro familiar.
Agradecendo desde logo a atenção, a Entidade disse que voltaria a manifestar-se daí por uns dias, aguardando com expectativa uma resposta satisfatória.
Os dois primos, num misto de estupefacção e receio, obedeceram. Dirigiram-se ao quarteirão referido pela Entidade, ao prédio tal, piso tal e, mal a pessoa abriu a porta, escarrapacharam-lhe com o recado do Além.
O homem, que supostamente deveria ser familiar do morto, foi buscar uma vassoura e, eufórico e aos gritos, saiu-se mais ou menos assim:
“Vai de retro, satanás, que te renego! Seus vagabundos, seus bruxos. Vão chamar maricas ao vosso pai. Sou lá homem pra andar de anéis de noivado. Inventam tudo pra roubar. Vão trabalhar, seus malandros...
Está um indivíduo em casa muito bem descansado, e aparece-lhe o diabo, já não basta as Testemunhas de Jeová...” E vá de vassouradas escadas abaixo.
* Uma senhora, trabalhadora num Centro de Lisboa, tinha-se como uma mulher de grande esclarecimento espiritual. Tudo para ela era muito comum, muito corriqueiro, de tal modo que as Sessões nunca lhe traziam ensinamentos de relevância, tal a elevação dos seus conhecimentos.
Certo dia, ao chegar a casa, após a ida habitual e infrutífera ao Centro, uma Entidade resolve comunicar-se abrupta e inesperadamente. Através de uma linguagem muito floreada, estilo rococo, disse-lhe que o grupo ao qual pertencia era composto por gente muito perigosa, muito ignorante, que não a tinha em grande estima, e que só ela poderia pôr mão nas coisas.
No Sábado seguinte, mal a senhora chega ao Centro, pôs mãos à obra. Desde entrar pela secretaria adentro e dizer que os ficheiros estavam desactualizados, o chão com cotão, fez de tudo um pouco. Não contente com isso, vira-se para o dirigente do grupo, chama-lhe incompetente e acrescenta: “ A partir de hoje quem manda aqui sou eu!”
Nem reparava que naquele frenesim todos a olhavam com espanto, desde trabalhadores a assistentes, temendo pela qualidade da Sessão que se iria fazer. Estavam todos boquiabertos e comentavam entre si: ”Está possessa!”
Quando chegámos aos trabalhos de desobsessão, e após a captação que teve forçosamente que lhe ser feita, a Entidade obsessora, rindo a bom rir, afirmou: “Vocês não sabem o que é um pindérico como eu ser chamado irmãozinho de luz. Ela acreditava em tudo o que eu lhe dizia. Coitadita. É uma parvalhona. Pensa que sabe alguma coisa.
E depois, falava comigo tratando-me por vós, do género: Como estais, meu irmão? Vós achais que o grupo não está bem? Que achais que devo fazer?, entre coisas do género. Ai o que eu ri. Se vissem o ar submisso e terno, armada em mãe...”
A fim de não cair nestes ridículos, caricatos quanto ingénuos, permita que lhe deixemos algumas advertências, não enquanto chave da infalibilidade, pois infalível só Deus, mas muito coerentes:
a) desconfiança
Não seja desconfiado. Não desconfie dos seus colegas de Centro, de quem deve sentir-se amigo e irmão do peito. Não desconfie do saber que eles possuem, e pense que estão a dar o seu melhor.
Se por acaso acha que os trabalhos estão a perder qualidade, com amor e dedicação, isto é, doçura, exponha o seu parecer.
A desconfiança é um dos maiores cancros dos Centros. As pessoas ouvem o que se não diz, com a intenção que se não tem. Tornam-se inspectores dos trabalhos alheios, incham quais pavões e deitam por terra um Centro inteiro, entregando-o à negatividade.
Não são poucos os que entram nas Sessões, tipo assalto, com o objectivo de espiolhar o que se passa. Entram ruidosamente a meio dos trabalhos, perturbando a calma e a paz. Nunca faça isto.
b) inveja
Se é a maior das doenças espirituais dos encarnados, é-o superlativamente no além. Livre-nos Deus de Espíritos invejosos. Eles criam as desavenças, não apenas entre os do seu mundo, como entre nós, os encarnados.
Um Espírito invejoso é um foco de negatividade, quase sempre ardilosa, por vezes inteligente, ludibriando, intuindo ideias perigosas, desconfiança e incitam a pensamentos e actos muito guerreiros.
Como saber se estamos a ser bombardeados por Espíritos invejosos?
. Quando alguém nos diz uma verdade e nós não aceitamos, porque não gostamos, porque inventámos um sem fim de razões para dizer que aquela pessoa está a imiscuir-se na nossa vida. Quantos dissabores se evitariam se se desse mais atenção a quem diz coisas desagradáveis, mas sinceras. A sinceridade ainda é uma batalha adiada, infelizmente.
. Quando, de um momento para o outro, somos invadidos por estranhos pensamentos de desconfiança. Atenção à desconfiança. A inveja gosta de criar sensações de desconforto psicológico, e a desconfiança é desconfortante por excelência. Ela cria a insegurança, e quando ela se instala podemos dizer que a pessoa está nas mãos das intuições trevosas de que está a ser vítima.
É o que se chama possessão. A pessoa deixa de agir por si, por sua livre e espontânea vontade e age segundo pensamentos que lhe vêm à mente e a obrigam a agir segundo uma vontade estranha. É fácil perceber isso, pois o possesso afirma constantemente que tem Espíritos muito importantes ao redor de si, que fala e sonha com eles. Diz que lhes deve a sua vida, uma vez que o protegem a todo o momento, e que por isso mesmo, antes de sair de casa, tem que fazer uma prece a essas Entidades.
Estas, por seu lado, são Espíritos vampíricos, que sugam as energias dos encarnados e das quais estão em grande dependência, uma vez que ainda não foram tocadas pelo arrependimento, pela necessidade de bem, pela mudança do seu estado de alma. São Entidades que, se as víssemos, assustar-nos-íamos com a sua aparência, indescritível para o nosso entendimento, como dizem os Guias dos trabalhos espirituais.
. Quando pomos tudo e todos em causa, momentos em que revelamos os pontos mais fracos dos outros como se fôssemos superiores. É o oposto à advertência de Jesus, ver o argueiro nos olhos dos outros e não ver a trave que temos nos nossos.
A inveja cega, cria dúvidas, põe em causa a estabilidade de toda a ordem, inventa problemas onde não deve e onde eles não estão. A inveja propaga-se, calunia, subverte. Por isso:
Não se deixe perturbar por opiniões duvidosas, não tenha qualquer tipo de adesão ao que duvida, não aceite sem reflectir. Nos Centros, doces lares de Entidades carenciadas de tudo, tenha um pensamento cheio de amor, sempre. Nunca se sinta cansado para pensar nessas Entidades.
Sempre que um pensamento desagradável lhe advenha à mente, peça imediatamente ajuda a Deus. Não se sinta infeliz pela boa qualidade dos trabalhos dos restantes trabalhadores do Centro. Congratule-se por pertencer a uma santa Casa de Deus onde há gente que trabalha com honestidade.
Como trabalhador, saiba que está a ser vigiado, observado mais vezes do que supõe. Como sabe, os nossos pensamentos plasmam-se, envolvem-se na nossa substância fluídica e há Entidades, embora muito negativas, que sabem isso e como usá-lo contra si.
Não se esqueça de que a inveja é o pior dos males. Como trabalhador nesta santa seara, continue, continue no seu trabalho com amor, e terá bênçãos celestiais.
(Continua)
Se os encarnados não dessem uma tão grande importância aos mortos, não os admirassem, não lhes conferissem estatuto de santidade ou de perfeição, certamente que a trevosidade que caracteriza a muitos deles seria letra morta.
A nossa afinidade com as trevas é mais forte do que pensamos, conduzindo-nos a companhias espirituais nada virtuosas. Intuições erradas, vidências desconcertantes, teorias sem coerência, poesia ridícula, sonhos perturbantes, enfim, um nunca mais acabar de situações às quais a fascinação confere estatuto de sabedoria.
Os mortos, muito embora não saibam mais do que nós, conhecem o nosso íntimo, as nossas ambições. Os mais trevosos servem-se desses conhecimentos e usam-nos, através dos nossos meios mediúnicos, a fim de conseguirem seus objectivos. Se não lhes déssemos ouvidos, estariam impedidos de nos perturbar. Ouvi-los é expor-se a grandes tormentos, pois há-os bem perigosos, sempre prontos a criarem infernos nas nossas vidas.
Posto isto, “Que pensam de nós os Espíritos que estão ao nosso redor e nos observam?
-Isso depende. Os Espíritos levianos riem das pequenas traquinices que vos fazem, e zombam das vossas impaciências. Os Espíritos sérios lamentam as vossas trapalhadas e tratam de vos ajudar.” (KARDEC,A., o.c., p. 217, questão n.º 458). Vejamos exemplos concretos elucidativos destes comportamentos.
* Uma senhora, muito crente na manifestação exclusivamente benéfica dos Espíritos, costumava, à hora da sua prece diária, receber “comunicações” que julgava muito importantes para a sua vida. Essas comunicações tornaram-se de tal modo comuns que ela já não prescindia da sua conversazinha com os Irmãos do Além.
Certo dia, uma das Entidades comunicantes aconselhou-a a visitar uma irmã, fazendo-a crer que esta tinha adoecido repentinamente tomada por uma doença grave. Crédula e ingénua, a senhora acreditou.
Resultado, fez as malas e disse ao marido que tinha de ir ao Norte, pois a irmã estava muito mal. Uma vez chegada ao destino, encontrou a irmã de perfeita saúde que, além de não acreditar no que a esta lhe contara, aconselhou-a a não ir em conversas de mafarricos.
* Dois primos, que nutriam bastante simpatia espiritual um pelo outro, costumavam, uma vez por semana, ler e comentar o Evangelho em casa de um deles. Certo dia, uma Entidade manifestou-se dizendo que precisava urgentemente de falar, pois tinha sido familiar de um dos seus vizinhos.
Aproveitou a comunicação para se queixar de ter sido abandonada pelos familiares, que nunca mais o recordaram, e pediu-lhes encarecidamente que falassem com determinada pessoa a fim de lhe fazer compreender que precisava da sua prece. Queria igualmente que lhe fizessem o obséquio de a convencer de que a jóia de família que esta havia herdado, um anel de noivado valioso, em verdade não era para si mas para outro familiar.
Agradecendo desde logo a atenção, a Entidade disse que voltaria a manifestar-se daí por uns dias, aguardando com expectativa uma resposta satisfatória.
Os dois primos, num misto de estupefacção e receio, obedeceram. Dirigiram-se ao quarteirão referido pela Entidade, ao prédio tal, piso tal e, mal a pessoa abriu a porta, escarrapacharam-lhe com o recado do Além.
O homem, que supostamente deveria ser familiar do morto, foi buscar uma vassoura e, eufórico e aos gritos, saiu-se mais ou menos assim:
“Vai de retro, satanás, que te renego! Seus vagabundos, seus bruxos. Vão chamar maricas ao vosso pai. Sou lá homem pra andar de anéis de noivado. Inventam tudo pra roubar. Vão trabalhar, seus malandros...
Está um indivíduo em casa muito bem descansado, e aparece-lhe o diabo, já não basta as Testemunhas de Jeová...” E vá de vassouradas escadas abaixo.
* Uma senhora, trabalhadora num Centro de Lisboa, tinha-se como uma mulher de grande esclarecimento espiritual. Tudo para ela era muito comum, muito corriqueiro, de tal modo que as Sessões nunca lhe traziam ensinamentos de relevância, tal a elevação dos seus conhecimentos.
Certo dia, ao chegar a casa, após a ida habitual e infrutífera ao Centro, uma Entidade resolve comunicar-se abrupta e inesperadamente. Através de uma linguagem muito floreada, estilo rococo, disse-lhe que o grupo ao qual pertencia era composto por gente muito perigosa, muito ignorante, que não a tinha em grande estima, e que só ela poderia pôr mão nas coisas.
No Sábado seguinte, mal a senhora chega ao Centro, pôs mãos à obra. Desde entrar pela secretaria adentro e dizer que os ficheiros estavam desactualizados, o chão com cotão, fez de tudo um pouco. Não contente com isso, vira-se para o dirigente do grupo, chama-lhe incompetente e acrescenta: “ A partir de hoje quem manda aqui sou eu!”
Nem reparava que naquele frenesim todos a olhavam com espanto, desde trabalhadores a assistentes, temendo pela qualidade da Sessão que se iria fazer. Estavam todos boquiabertos e comentavam entre si: ”Está possessa!”
Quando chegámos aos trabalhos de desobsessão, e após a captação que teve forçosamente que lhe ser feita, a Entidade obsessora, rindo a bom rir, afirmou: “Vocês não sabem o que é um pindérico como eu ser chamado irmãozinho de luz. Ela acreditava em tudo o que eu lhe dizia. Coitadita. É uma parvalhona. Pensa que sabe alguma coisa.
E depois, falava comigo tratando-me por vós, do género: Como estais, meu irmão? Vós achais que o grupo não está bem? Que achais que devo fazer?, entre coisas do género. Ai o que eu ri. Se vissem o ar submisso e terno, armada em mãe...”
A fim de não cair nestes ridículos, caricatos quanto ingénuos, permita que lhe deixemos algumas advertências, não enquanto chave da infalibilidade, pois infalível só Deus, mas muito coerentes:
a) desconfiança
Não seja desconfiado. Não desconfie dos seus colegas de Centro, de quem deve sentir-se amigo e irmão do peito. Não desconfie do saber que eles possuem, e pense que estão a dar o seu melhor.
Se por acaso acha que os trabalhos estão a perder qualidade, com amor e dedicação, isto é, doçura, exponha o seu parecer.
A desconfiança é um dos maiores cancros dos Centros. As pessoas ouvem o que se não diz, com a intenção que se não tem. Tornam-se inspectores dos trabalhos alheios, incham quais pavões e deitam por terra um Centro inteiro, entregando-o à negatividade.
Não são poucos os que entram nas Sessões, tipo assalto, com o objectivo de espiolhar o que se passa. Entram ruidosamente a meio dos trabalhos, perturbando a calma e a paz. Nunca faça isto.
b) inveja
Se é a maior das doenças espirituais dos encarnados, é-o superlativamente no além. Livre-nos Deus de Espíritos invejosos. Eles criam as desavenças, não apenas entre os do seu mundo, como entre nós, os encarnados.
Um Espírito invejoso é um foco de negatividade, quase sempre ardilosa, por vezes inteligente, ludibriando, intuindo ideias perigosas, desconfiança e incitam a pensamentos e actos muito guerreiros.
Como saber se estamos a ser bombardeados por Espíritos invejosos?
. Quando alguém nos diz uma verdade e nós não aceitamos, porque não gostamos, porque inventámos um sem fim de razões para dizer que aquela pessoa está a imiscuir-se na nossa vida. Quantos dissabores se evitariam se se desse mais atenção a quem diz coisas desagradáveis, mas sinceras. A sinceridade ainda é uma batalha adiada, infelizmente.
. Quando, de um momento para o outro, somos invadidos por estranhos pensamentos de desconfiança. Atenção à desconfiança. A inveja gosta de criar sensações de desconforto psicológico, e a desconfiança é desconfortante por excelência. Ela cria a insegurança, e quando ela se instala podemos dizer que a pessoa está nas mãos das intuições trevosas de que está a ser vítima.
É o que se chama possessão. A pessoa deixa de agir por si, por sua livre e espontânea vontade e age segundo pensamentos que lhe vêm à mente e a obrigam a agir segundo uma vontade estranha. É fácil perceber isso, pois o possesso afirma constantemente que tem Espíritos muito importantes ao redor de si, que fala e sonha com eles. Diz que lhes deve a sua vida, uma vez que o protegem a todo o momento, e que por isso mesmo, antes de sair de casa, tem que fazer uma prece a essas Entidades.
Estas, por seu lado, são Espíritos vampíricos, que sugam as energias dos encarnados e das quais estão em grande dependência, uma vez que ainda não foram tocadas pelo arrependimento, pela necessidade de bem, pela mudança do seu estado de alma. São Entidades que, se as víssemos, assustar-nos-íamos com a sua aparência, indescritível para o nosso entendimento, como dizem os Guias dos trabalhos espirituais.
. Quando pomos tudo e todos em causa, momentos em que revelamos os pontos mais fracos dos outros como se fôssemos superiores. É o oposto à advertência de Jesus, ver o argueiro nos olhos dos outros e não ver a trave que temos nos nossos.
A inveja cega, cria dúvidas, põe em causa a estabilidade de toda a ordem, inventa problemas onde não deve e onde eles não estão. A inveja propaga-se, calunia, subverte. Por isso:
Não se deixe perturbar por opiniões duvidosas, não tenha qualquer tipo de adesão ao que duvida, não aceite sem reflectir. Nos Centros, doces lares de Entidades carenciadas de tudo, tenha um pensamento cheio de amor, sempre. Nunca se sinta cansado para pensar nessas Entidades.
Sempre que um pensamento desagradável lhe advenha à mente, peça imediatamente ajuda a Deus. Não se sinta infeliz pela boa qualidade dos trabalhos dos restantes trabalhadores do Centro. Congratule-se por pertencer a uma santa Casa de Deus onde há gente que trabalha com honestidade.
Como trabalhador, saiba que está a ser vigiado, observado mais vezes do que supõe. Como sabe, os nossos pensamentos plasmam-se, envolvem-se na nossa substância fluídica e há Entidades, embora muito negativas, que sabem isso e como usá-lo contra si.
Não se esqueça de que a inveja é o pior dos males. Como trabalhador nesta santa seara, continue, continue no seu trabalho com amor, e terá bênçãos celestiais.
(Continua)
Barbara Diller