sábado, julho 26, 2008

MORTE É FELICIDADE XXI


A IMPORTÂNCIA DOS MORTOS NA VIDA DOS VIVOS

(Continuação)

1. Há mesmo respeito pelos mortos?

Se à partida parece uma questão sem pertinência, pois não há povo que não lembre os seus mortos, por outro encerra uma infinidade de problemas muito complexos. Por exemplo, será que o modo como lembramos os nossos mortos é-lhes agradável? Guardamo-lhes de algum modo o respeito que eles merecem?
Em trabalho de doutrinação, verificamos que a maioria das Entidades queixa-se do desrespeito com que os encarnados as recordam. As pessoas não sabem que os Espíritos descem ao nosso âmago, vêem os nossos pensamentos, sentem-lhes a verdade. Tudo, que nos parece tão abstracto, subtil, imperceptível é precisamente o que eles melhor e mais fielmente percebem. Isto significa que, se muitos de nós, por falta de capacidades mediúnicas, não percebemos uma infinidade de fenómenos que se passam ao nosso redor, não nos apercebemos do montão de Entidades que nos visitam a todo o segundo, movidas pelos mais diversos objectivos, Entidades essas na sua maioria bastante carentes de amor e muito ignorantes, igualmente esses Espíritos não nos vêem mas sentem a nossa presença.
Há que perceber que ser Espírito não é ser um supervisor ou um poço de ignorância ou maldade. Os Espíritos não são polícias do astral. Eles sentem a intensidade psicomagnética do nosso pensamento, mas podem não nos ver. Para muitos somos penumbras, vultos, vozes perdidas no infinito, pensamentos sem conexão, seres que vivem às escuras. Tudo isso vai depender do progresso atingido pelas Entidades em causa.
Não sabendo estes aspectos tão primários, muitas pessoas pensam falar com os mortos, e concretamente com a Entidade A ou B. Pedem-lhes conselhos, opiniões, os números do totoloto, da lotaria, que opinem sobre os namorados das filhas ou sobre as namoradas dos filhos, “exigem-lhes” que lhes ponham a vida a rodar, etc. etc. Outras, pelo contrário, pensando que os mortos já não ouvem, dizem o que lhes vem à cabeça, outras, ainda, votam-nos ao abandono. Ora, isto é a maior falta de respeito que se pode ter para com uma Entidade.
Tudo isto está errado, pois há quem esqueça que os mortos estão mais vivos do que nós e são gente. Apenas não vão aonde querem, quando querem. Todos, absolutamente todos, obedecem a regras que estão em total consonância com as tarefas que realizam as quais, por sua vez, estão em conformidade com a sua maior ou menor ignorância.
Muitos, no entanto, cansam os mortos com rezas infindas, complexas e enfadonhas, crendo que quanto mais rezar mais e melhor são ouvidos. Fazem-no, muitas vezes, por receio de que o falecido lhes venha causar problemas, principalmente que se vingue de alguma questão de tempos idos.
Assim sendo, como agradar aos desencarnados? Exactamente do mesmo modo que se supõe agradar aos de carne e osso: simpatia, dedicação e amor. Ter a noção de que, se os encarnados não estão ao nosso dispor, igualmente os desencarnados. É fundamental perceber que um Espírito não é um criado sempre pronto a atender-nos, para todo o serviço, ou alguém com a chave na mão para resolver os nossos caprichos. Os Espíritos não são nada disso, e a esmagadora maioria dos que povoam o nosso campo magnético é bem limitada. Podemos mesmo dizer, bem mais ignorante que nós.
O amor é a chave para entrar no reino mais elevado dos Espíritos menos negros. É o amor que os converte à verdade, e só o amor. Porque o amor é paz e justiça, é isto que pedem os Espíritos.
(Continua)

Barbara Diller

sábado, julho 19, 2008

MORTE É FELICIDADE XX


A IMPORTÂNCIA DOS MORTOS NA VIDA DOS VIVOS

Os Espíritos participam, influenciam e tomam parte nas nossas vidas muito mais do que poderemos alguma vez imaginar (cfr., KARDEC, A., o.c., pp. 217- 233). Não estamos sós. Infinitas sensibilidades nos observam, inspiram e conduzem a tomar decisões. Isto não significa que fique excluída a nossa participação nos actos que cometemos, a importância da nossa vontade nas decisões que tomamos.
Isto apenas significa que decidimos com e por meio de um conjunto de influências que têm o rosto do nosso merecimento bem como do dos outros. Isso vê-se na política, na estrutura empresarial, na justiça, na saúde, na macro e micro organização de um país em geral.
O equilíbrio reside no ponto, não propriamente aquele em que tentamos infrutiferamente expulsar os mortos da vida dos vivos, mas em saber o que é nosso do que é deles. E isso é que é muito difícil. O discernimento é das coisas mais difíceis de conquistar, precisamente porque a maioria das pessoas ou crê excessivamente nos Espíritos, ou porque, em absoluto, descrê da sua presença. O resultado é todo o conjunto de exageros a que estamos habituados.
Há pessoas para quem uma dor de cabeça ou de barriga é um Espírito mau, resultado de um bruxedo, ou de um conjunto de bruxedos. Há mesmo quem pense que há dias determinados para os Espíritos andarem por aí, à solta, a prejudicarem tudo e todos. São os dias do azar.
Ora, os Espíritos não obedecem em nada aos critérios dos encarnados, causando-lhes riso e gozo profundos todas as crenças que estes inventam para se verem livres de suas influências. Outros há que ficam terrivelmente ofendidos.
Para tentar ajudar a compreender essas ocorrências, esclareçamos alguns aspectos comportamentais dos encarnados, e que habitualmente culminam em grandes dissabores para ambas as partes.

Barbara Diller

sexta-feira, julho 11, 2008

MORTE É FELICIDADE XIX


a) Morte: acesso ao passado

Não são poucos os que pensam que morrer é passar de forma quase imediata a uma espécie de revelação do passado. Puro engano. O nosso passado é por demais complexo para ser revelado num ápice a uma Entidade que acaba de desencarnar, ou que desencarnou há pouco tempo, perdida no turbilhão de sensações confusas com que é assaltada.
Seja em que altura for do tempo de desencarne, a revelação do passado não obedece a critérios gerais, mas à particularidade de cada ser. Conhecer o passado não é abrir uma caixinha de música para adormecer ou sorrir de encanto. O passado é algo assustador e é mostrado em parcelas, segundo o nível de maturidade da Entidade e respectiva necessidade.
Quando se fala de passado, muita gente pensa que é uma espécie de cofre que se abre e do qual se tira uma série de recordações empoeiradas. Mas o cofre desse passado é cada um de nós. Somos nós quem transporta o nosso pretérito. Não há outro arquivo que não sejamos nós mesmos.
Há por aí médiuns que dizem ter poderes para revelar o que já vivemos em outras vidas, chamando a isso regressão de vidas passadas. Outros vão mais longe. Afirmam que os nossos problemas advêm da nossa ignorância sobre esse mesmo passado e que, portanto, se este for revelado poderemos vir a anular o nosso sofrimento. A isso chamam terapia por meio de regressão de vidas passadas.
Podem chamar-lhe o que quiserem, mas quanto ao mexer no psiquismo, e nomeadamente no psiquismo que tem a ver com a nossa memória mais recôndita, chamando a isso terapia, o Espiritismo opõe-se redondamente. Pensamos que estão a invadir um terreno que é lodoso, mediante a acção de alguém que se julga com poderes para curar, sarar, limpar uma pessoa, sem que para isso ambas se tenham modificado.
Ainda não vimos que a revelação de vidas passadas, com todos os limites que a compõem, como a tudo o que é humano, tenha em alguma circunstancia tratado os males físicos, sentimentais e espirituais. O que constatamos é que, em todas essas formas bizarras de exercer ajuda alguém, “médiuns curadores” e médiuns doentes confundem-se, sendo uma e mesma coisa. Trata-se tão simplesmente de pessoas com algumas capacidades mediúnicas desenvolvidas, disso não temos dúvidas, mas completamente fora do âmbito do respeito pelo outro, fazendo experiências com o seu psiquismo, e por isso mesmo perigosas e ausentes da verdadeira fé, porque quem tem fé deposita-se nas mãos de Deus.
São os futuros doentes psiquiátricos, fóbicos, mergulhados nas mais dolorosas ansiedades. São os Espíritos em grande obsessão, encarnados e desencarnados, que enchem os Centros à procura de alívio. E assim afirmamos com toda a propriedade que o Espiritismo não revela o passado, não diz que Espíritos andam com quem, quem faz mal a quem. O Espiritismo não diz nada porque não sabe, não adivinha; não permite a consulta aos médiuns porque estes existem para orar e não para fazer revelações, sejam elas de que tipo for. E vai mais longe. Afirma que ninguém sabe nada de ninguém, ninguém é portador de capacidades para mergulhar no passado de ninguém. Só Deus sabe, só Deus tem poder, só Deus tem querer, só Deus tem valor. Quanto a nós, nada sabemos, nada podemos, nada somos, nada valemos.


c) Morte: acesso à eternidade

Quanto à eternidade, o assunto muda consideravelmente de figura.
O nosso corpo físico é um baluarte de limites por todos os lados face à comunicação com o mundo do além. Arrastamos um corpo denso, uma autentica jaula que impede o Espírito de se movimentar livremente.
Morrer é abrir os portões da fortaleza e libertar o prisioneiro que, cumprida a sua pena, vê recompensado seu esforço. A alma vai viajar para o lugar que lhe está destinado, ou continuar uma vida degradante se foi isso que fez enquanto na Terra.
Culturalmente, presume-se que o falecido vai para a vida eterna. Mas na vida eterna estamos todos nós, uns em carne e osso, outros desencarnados. A morte é apenas uma entrada mais franca no mundo onde é impossível haver enganos.
Em trabalho de doutrinação, Entidades muito sofredoras afirmam que “Cá deste lado não é possível o mau passar por bom. Aqui tudo é transparente. Nós até sentimos o pensamento dos encarnados que ficaram na Terra.”
É este o conceito geral de eternidade a que a morte tem acesso. Todos os Espíritos sentem que a verdade é uma forma, a única, de estar na vida espiritual. O amor é o laço subtil, a força mais forte que há, capaz de derrubar os corações mais empedernidos e sublimar essa verdade.
Quanto à outra face da Eternidade, isso é de outra dimensão. Os recantos sublimes do amor universal, as alegrias da verdade suprema são edifícios de uma estrutura mental ainda não acessível à esmagadora maioria dos que vão partindo. Estamos longe do eterno estável, o eterno das melodias divinas, do encontro com a luz e o bem. Esse eterno ainda não é o nosso.
Porém, uma advertência. Os conceitos de eterno que possuímos são meras construções lexicais da nossa inteligência, e não realidades espaciais delimitadas. Nós temos tendência para delimitar espaço e tempo. No além não é bem assim. “(...) os Espíritos felizes e infelizes estão por toda a parte. Entretanto, como já o dissemos também, os Espíritos da mesma ordem se reúnem por simpatia. Mas podem reunir-se onde quiserem, quando perfeitos.” (KARDEC, A., o.c., p. 405, questão n.º 1012). E em nota explicativa, o referido autor esclarece o que a Entidade afirmou: “A localização absoluta dos lugares de penas e de recompensas só existe na imaginação dos homens. Provém da sua tendência de materializar e circunscrever as coisas cuja natureza infinita não podem compreender.” (ibidem. Sublinhado do autor).
Assustados com a diferença muito acentuada entre os seres terrenos, o homem julga que os bons Espíritos estão num compartimento à parte, completamente isolados dos maus, a fim de não serem contaminados pelos seus maus comportamentos. Desconhecendo que é da natureza do bom a estabilidade e a coerência, que ele se impõe pela sua natural e espontânea superioridade, e que o inferior lhe obedece naturalmente, segundo os preceitos da hierarquia do Espírito, inventa barreiras, presumindo que Deus guarda Espíritos como uma mãe guarda os rebuçados da criança.
O bom não teme o mau, porque ele tem o poder que a bondade lhe confere, a protecção que merece, a força com que age, o exemplo com que se impõe, o saber com que julga. O bom é bom porque já ultrapassou o mau. A eternidade é essa escola grandiosa a que todos temos acesso, na directa proporção do nosso esforço.

Barbara Diller






















segunda-feira, julho 07, 2008

MORTE É FELICIDADE XVIII



1. Comemoração afectiva: recolhimento/intimidade

Nada há de mais belo e sublime que esta certeza de que nada morre, tudo se reencontra na dimensão do muito amar. Jesus disse que conhece os Seus discípulos pelo muito se amarem. Nós conhecemos a vida pela importância que damos à morte.
Esta humanidade, saturada de ignorância, precisa de morrer, mudar a roupagem com se veste, tomar um banho de afecto e vestir o traje nupcial para o festim das bodas. Abrir o Evangelho e semear canteiros de paz. Só então poderá falar de comemoração afectiva, recolhimento em intimidade com a comunidade de todos os filhos de Deus.
A nossa morte e a morte dos nossos é uma ínfima parcela desta passagem de estado. O mundo invisível revela-nos as fontes, significantes e significados, razões e causas deste desejo do Espírito que, por enquanto, ainda fala uma linguagem díspare da do corpo físico.
O Espírito sabe que, ao desencarnar, uma infinidade de seres o vêm esperar. Amigos de outras paragens, caminhos traçados noutros tempos, razões que se pegaram nos trilhos da vingança. O Espírito anseia o perdão infinito, as pazes das crianças após a disputa pelo mesmo brinquedo, imolar definitivamente o passado e percorrer o universo com o pensamento mais livre que as aves do campo.
Se a dor de parir é ultrapassada pela alegria de trazer ao mundo um novo ser para amar, a dor da morte é apenas física, pois quantas vezes o Espírito se liberta muito antes, apenas ansiando a consumação do desprendimento dos laços perispirituais.
Todos os dias morremos um pouco. Ao adormecer, todos os dias sonhamos, todos os dias nos reencontramos com muitos dos que ficaram no outro lado. Deles recebemos os seus conselhos, com eles aprendemos e prevemos muitas coisas. Recebemos lições grandiosas que muito nos ajudam a discernir o bem do mal, o certo do errado. Por isso se diz que a noite é a melhor conselheira.
Se ouvíssemos mais vezes a voz da nossa consciência, se déssemos mais importância a este apelo constante que vibra dentro do nosso peito, se conseguíssemos parar por uns breves momentos e pensar que a vida seria um inferno sem a morte, porque não temos estrutura para a suportar por muito mais tempo que não aquele que nos está destinado, certamente teríamos grandes momentos de lucidez espiritual. Faríamos aquilo a que na Terra se chama prodígios, o que afinal de contas seria uma comemoração afectiva, recolhimento e intimidade entre vivos (os mortos que tecem a sua vida nas teias da carne, isto é, nós) e os mortos (os vivos em Espírito que nos visitam diariamente, ainda que apenas em sonhos).

a) Almas penadas
Se são tantos os Espíritos que nos visitam, nestas tão complexas relações afectivas, pergunta-se: A maior parte não serão almas penadas? Para o sabermos, temos que primeiramente definir o que são almas penadas. Ora, trata-se de ”uma alma errante e sofredora, incerta do seu futuro, à qual podeis proporcionar um alívio que frequentemente ela solicita ao vir comunicar-se convosco.” (KARDEC, A., 1984, P.406, questão n.º1015).
Como é óbvio, se a maioria dos Espíritos que povoam o campo magnético da Terra são Entidades sofredoras, é natural que grande parte seja o que chamamos almas penadas. Eles são seres à procura de estabilidade espiritual, de algo que lhes toque o coração com via ao arrependimento, que lhes explique porque é que andam onde andam, com as companhias que têm.
Eles carecem de uma doutrinação séria que lhes ensine que já não fazem parte deste planeta, pois grande número sofre o momento da desencarnação o qual parece prolongar-se ao infinito. São estas Entidades que dizem estar no inferno a quando da doutrinação.
Se meditássemos sobre o facto de que a maioria das pessoas desencarna e não sabe que desencarna, nem tem uma ideia longínqua do que lhe verdadeiramente aconteceu, então podemos tirar proveitosas ilacções. Muitos sentem algo de estranho, mas não passam daí, outros continuam a frequentar os mesmos locais que em vida carnal, aparecendo aos familiares e amigos que, por ignorância, fogem estarrecidos pois dizem que o local está assombrado.
São as aparições penúmbricas, as vozes que gargalham ou riem compulsivamente, as batidas ou estalidos na madeiras dos móveis, os objectos teletransportados (retirados dos seus locais ou que aparecem sem explicação), as materializações mais ou menos densas, enfim, um sem nunca acabar de formas de dizer “Estamos aqui”.
Quanto aos locais, é incorrecto dizer que são assombrados, apenas estão povoados de Entidades que têm algo sentimentalmente muito profundo com eles. Por exemplo, os Espíritos dificilmente se libertam dos locais em que foram assassinadas, seja porque processo for. Muitas vezes não se afastam sem que primeiro tenha sido feita justiça por próprias mãos. O assassino, longe de se aperceber que está a ser observado, vigiado, estudado meticulosamente, pensa que a vida está a seguir o seu caminho normal. E de facto até está, mas até certo ponto. Se ele não for tocado de arrependimento, se continuar a cultivar ódio ou indiferença para com aquele que assassinou, este, mais cedo ou mais tarde, cai nas suas mãos. São os acidentes sem explicação aparente, são as ocorrências inexplicáveis ou do tipo pesadelo, a deterioração das relações familiares, autêntica desagregação dos laços afectivos de toda a ordem.
A Entidade que assim procede é, efectivamente, uma alma penada que sem preces e sem uma lembrança dos familiares que ficaram na Terra, ou movida pelo muito a chorarem, ela continua a ser uma Entidade carenciada de um esclarecimento que a liberte. A vingança será sempre o seu alvo predilecto, muitas vezes alimentada pelo pensamento dos familiares terrenos, que em vez de a anularem alimentam-na.
Podemos dizer, assim, que tão penadas são as almas sem prece, como os encarnados que não sabem orar, porque não sabem perdoar. Penadas são as almas, onde quer que estejam, e que andam de um lado para o outro, em bandos, de comportamento quase irracional, mantendo os seus vícios á custa dos que sabem menos do que elas, subjugando-os, aprisionando-os, atemorizando-os.
Orar por todos os que já partiram é construir caminhos de amor no universo, luz nas trevas, derrubar os muros da ignorância. Por isso a evolução é tão longa, tão complexa, tão íngreme. Por isso o sofrimento é tão grande, a ânsia de subir mais alto tão forte, o desejo de liberdade uma luta sem par.
Não somos visitados por Entidades de luz, somos protegidos por elas à distância e segundo o nosso merecimento. Aqueles que convivem mais de perto connosco são tão ignorantes como a própria ignorância. Mas é por meio deles que evoluímos, se para tanto nos soubermos impor nos nossos propósitos, dissermos para connosco mesmos que “o corpo é meu, esta mente é minha e nada pode entrar em mim que venha perturbar-me, porque eu estou com Deus, e quem tem Deus tem tudo.”
Quanto a essas Entidades, elas só sairão do ambiente trevoso em que vivem quando forem tocadas pelo arrependimento, o que só acontecerá quando, já exaustas de tanto sofrimento, clamem ao Pai por uma gota d’água. Nessa altura, os Guias verão o seu trabalho recompensado e serão tomados por uma felicidade celestial que só os seres de bem experimentam.

Barbara Diller