MORTE É FELICIDADE XXI
A IMPORTÂNCIA DOS MORTOS NA VIDA DOS VIVOS
(Continuação)
1. Há mesmo respeito pelos mortos?
Se à partida parece uma questão sem pertinência, pois não há povo que não lembre os seus mortos, por outro encerra uma infinidade de problemas muito complexos. Por exemplo, será que o modo como lembramos os nossos mortos é-lhes agradável? Guardamo-lhes de algum modo o respeito que eles merecem?
Em trabalho de doutrinação, verificamos que a maioria das Entidades queixa-se do desrespeito com que os encarnados as recordam. As pessoas não sabem que os Espíritos descem ao nosso âmago, vêem os nossos pensamentos, sentem-lhes a verdade. Tudo, que nos parece tão abstracto, subtil, imperceptível é precisamente o que eles melhor e mais fielmente percebem. Isto significa que, se muitos de nós, por falta de capacidades mediúnicas, não percebemos uma infinidade de fenómenos que se passam ao nosso redor, não nos apercebemos do montão de Entidades que nos visitam a todo o segundo, movidas pelos mais diversos objectivos, Entidades essas na sua maioria bastante carentes de amor e muito ignorantes, igualmente esses Espíritos não nos vêem mas sentem a nossa presença.
Há que perceber que ser Espírito não é ser um supervisor ou um poço de ignorância ou maldade. Os Espíritos não são polícias do astral. Eles sentem a intensidade psicomagnética do nosso pensamento, mas podem não nos ver. Para muitos somos penumbras, vultos, vozes perdidas no infinito, pensamentos sem conexão, seres que vivem às escuras. Tudo isso vai depender do progresso atingido pelas Entidades em causa.
Não sabendo estes aspectos tão primários, muitas pessoas pensam falar com os mortos, e concretamente com a Entidade A ou B. Pedem-lhes conselhos, opiniões, os números do totoloto, da lotaria, que opinem sobre os namorados das filhas ou sobre as namoradas dos filhos, “exigem-lhes” que lhes ponham a vida a rodar, etc. etc. Outras, pelo contrário, pensando que os mortos já não ouvem, dizem o que lhes vem à cabeça, outras, ainda, votam-nos ao abandono. Ora, isto é a maior falta de respeito que se pode ter para com uma Entidade.
Tudo isto está errado, pois há quem esqueça que os mortos estão mais vivos do que nós e são gente. Apenas não vão aonde querem, quando querem. Todos, absolutamente todos, obedecem a regras que estão em total consonância com as tarefas que realizam as quais, por sua vez, estão em conformidade com a sua maior ou menor ignorância.
Muitos, no entanto, cansam os mortos com rezas infindas, complexas e enfadonhas, crendo que quanto mais rezar mais e melhor são ouvidos. Fazem-no, muitas vezes, por receio de que o falecido lhes venha causar problemas, principalmente que se vingue de alguma questão de tempos idos.
Assim sendo, como agradar aos desencarnados? Exactamente do mesmo modo que se supõe agradar aos de carne e osso: simpatia, dedicação e amor. Ter a noção de que, se os encarnados não estão ao nosso dispor, igualmente os desencarnados. É fundamental perceber que um Espírito não é um criado sempre pronto a atender-nos, para todo o serviço, ou alguém com a chave na mão para resolver os nossos caprichos. Os Espíritos não são nada disso, e a esmagadora maioria dos que povoam o nosso campo magnético é bem limitada. Podemos mesmo dizer, bem mais ignorante que nós.
O amor é a chave para entrar no reino mais elevado dos Espíritos menos negros. É o amor que os converte à verdade, e só o amor. Porque o amor é paz e justiça, é isto que pedem os Espíritos.
(Continua)
Se à partida parece uma questão sem pertinência, pois não há povo que não lembre os seus mortos, por outro encerra uma infinidade de problemas muito complexos. Por exemplo, será que o modo como lembramos os nossos mortos é-lhes agradável? Guardamo-lhes de algum modo o respeito que eles merecem?
Em trabalho de doutrinação, verificamos que a maioria das Entidades queixa-se do desrespeito com que os encarnados as recordam. As pessoas não sabem que os Espíritos descem ao nosso âmago, vêem os nossos pensamentos, sentem-lhes a verdade. Tudo, que nos parece tão abstracto, subtil, imperceptível é precisamente o que eles melhor e mais fielmente percebem. Isto significa que, se muitos de nós, por falta de capacidades mediúnicas, não percebemos uma infinidade de fenómenos que se passam ao nosso redor, não nos apercebemos do montão de Entidades que nos visitam a todo o segundo, movidas pelos mais diversos objectivos, Entidades essas na sua maioria bastante carentes de amor e muito ignorantes, igualmente esses Espíritos não nos vêem mas sentem a nossa presença.
Há que perceber que ser Espírito não é ser um supervisor ou um poço de ignorância ou maldade. Os Espíritos não são polícias do astral. Eles sentem a intensidade psicomagnética do nosso pensamento, mas podem não nos ver. Para muitos somos penumbras, vultos, vozes perdidas no infinito, pensamentos sem conexão, seres que vivem às escuras. Tudo isso vai depender do progresso atingido pelas Entidades em causa.
Não sabendo estes aspectos tão primários, muitas pessoas pensam falar com os mortos, e concretamente com a Entidade A ou B. Pedem-lhes conselhos, opiniões, os números do totoloto, da lotaria, que opinem sobre os namorados das filhas ou sobre as namoradas dos filhos, “exigem-lhes” que lhes ponham a vida a rodar, etc. etc. Outras, pelo contrário, pensando que os mortos já não ouvem, dizem o que lhes vem à cabeça, outras, ainda, votam-nos ao abandono. Ora, isto é a maior falta de respeito que se pode ter para com uma Entidade.
Tudo isto está errado, pois há quem esqueça que os mortos estão mais vivos do que nós e são gente. Apenas não vão aonde querem, quando querem. Todos, absolutamente todos, obedecem a regras que estão em total consonância com as tarefas que realizam as quais, por sua vez, estão em conformidade com a sua maior ou menor ignorância.
Muitos, no entanto, cansam os mortos com rezas infindas, complexas e enfadonhas, crendo que quanto mais rezar mais e melhor são ouvidos. Fazem-no, muitas vezes, por receio de que o falecido lhes venha causar problemas, principalmente que se vingue de alguma questão de tempos idos.
Assim sendo, como agradar aos desencarnados? Exactamente do mesmo modo que se supõe agradar aos de carne e osso: simpatia, dedicação e amor. Ter a noção de que, se os encarnados não estão ao nosso dispor, igualmente os desencarnados. É fundamental perceber que um Espírito não é um criado sempre pronto a atender-nos, para todo o serviço, ou alguém com a chave na mão para resolver os nossos caprichos. Os Espíritos não são nada disso, e a esmagadora maioria dos que povoam o nosso campo magnético é bem limitada. Podemos mesmo dizer, bem mais ignorante que nós.
O amor é a chave para entrar no reino mais elevado dos Espíritos menos negros. É o amor que os converte à verdade, e só o amor. Porque o amor é paz e justiça, é isto que pedem os Espíritos.
(Continua)
Barbara Diller