MORTE É FELICIDADE XLVII
COMUNICAÇÃO ENTRE VIVOS E MORTOS
(Continuação)
7
Eu vou matá-la, olá se não vou. Não pense ela que me continua a fazer de parvo. Matou-me, mas agora quem vai matá-la sou eu. Ela até nem me vê. Já lhe tirei o marido, já lhe afastei o filho, já o separei da nora, já lhe adoeci o neto, e agora vou matá-la. Não me chateiem, não me digam nada...
Vocês não sabem o que ela me fez. Eu era um inocente e ela serviu-se de mim. Acusou-me de coisas que eu não fiz, escondendo o verdadeiro culpado. Eu nunca roubei nada a ninguém. Não ameacei ninguém com uma arma, como ela disse no tribunal. Mas eu era um simples homem do campo. Trabalhava do nascer ao pôr do Sol.
Como eu vivia sozinho no meio daquele descampado, quase a céu aberto, havia quem inventasse coisas a meu respeito. De feiticeiro a animal eu era tudo. Fui um alvo fácil para encobrir o verdadeiro culpado. Ela disse, jurando por Deus, ouviste, sobre a Bíblia, que me tinha visto roubar o gado.
Se tu visses os olhos dela quando o juiz ditou a sentença. Para mim o mundo tinha desabado. Eu nem acreditava no que me estava a acontecer.
Acabei por ser condenado, vindo a morrer doente e esfomeado, cheio de frio, nas masmorras de uma prisão. Agora só quero vingança. Podes crer que a vou matar. Vou matar...
Estas Entidades não percebem que as pessoas que querem matar já não são as mesmas, pois estava a viver uma outra encarnação. Igualmente não percebem que há já muito tempo que não reencarnam, tendo permanecido no “tempo mental” da ocorrência que as levara a tão grande sede de vingança.
Aliás, é vulgar as Entidades passarem centenas de anos, e mais, em redor de uma ocorrência que já não faz parte do “tempo real”. Daí ser tão comum doutrinarem-se Entidades que desencarnaram há centenas de anos, e falarem como pessoas das épocas em questão.
Escusado será dizer que esta senhora tinha a vida num em autêntico inferno. Quanto à Entidade, após sessões e sessões de trabalho intenso, veio a reconsiderar e afastou-se com os Guias para um ambiente apropriado, a fim de ser devidamente assistida.
8
Se acha que o seu Espírito é fraco, se por tudo e por nada se deixa abater, ou se teme falar dos mortos porque isso o deprime, então:
Lembre-se de que os vivos são igualmente perigosos, pois é o seu pensamento que atrai as negatividades. Estas não têm qualquer força para se impor. São os encarnados que as chamam.
Não acredite se lhe disserem que os Espíritos o perseguem sem mais nem menos, apenas porque são Espíritos. Analise a sua consciência. Certamente encontrará a resposta para semelhantes receios.
Não manifeste medo. O medo é a coisa mais negativa que há. Ele é fraqueza, pensamento turvo, insegurança. As Entidades trevosas divertem-se com o medo dos encarnados, provocando-lhes grandes dissabores.
Confie na prece. Faça do seu pensamento a arma de luz contra as negatividades. Acredite que tem dentro de si todo o potencial necessário à sua vivência espiritual, e que a prece cruza caminhos infinitos no universo.
Não mal diga dos amigos de um falecido, do pai ou da mãe, de uma amizade mais forte. Não se esqueça que todos, bons e menos bons, têm amigos e familiares e protectores e Guias. Todos os temos, sem excepção.
Não fale contra civilizações, países, não queime bandeiras nem participe em congregações contra esta ou aquela nação. Não participe em actos violentos, agressivos. Não cultive a discórdia. Angariar amigos entre os opositores é caminhar para a Grande União. Não se esqueça de que um dia falaremos todos a mesma língua, o Amor.
Não se revolte, não manifeste um queixume, não derrame uma lágrima lamentando o momento difícil que está a atravessar. Os Espíritos negativos agravar-lhe-ão o sofrer e divertem-se com isso.
Olhe sempre em frente, diga a verdade e deposite-se nas mãos de Deus. Só a sua fé o aproxima da Divindade e consegue anular a dor e o sofrimento.
(Continua)
Eu vou matá-la, olá se não vou. Não pense ela que me continua a fazer de parvo. Matou-me, mas agora quem vai matá-la sou eu. Ela até nem me vê. Já lhe tirei o marido, já lhe afastei o filho, já o separei da nora, já lhe adoeci o neto, e agora vou matá-la. Não me chateiem, não me digam nada...
Vocês não sabem o que ela me fez. Eu era um inocente e ela serviu-se de mim. Acusou-me de coisas que eu não fiz, escondendo o verdadeiro culpado. Eu nunca roubei nada a ninguém. Não ameacei ninguém com uma arma, como ela disse no tribunal. Mas eu era um simples homem do campo. Trabalhava do nascer ao pôr do Sol.
Como eu vivia sozinho no meio daquele descampado, quase a céu aberto, havia quem inventasse coisas a meu respeito. De feiticeiro a animal eu era tudo. Fui um alvo fácil para encobrir o verdadeiro culpado. Ela disse, jurando por Deus, ouviste, sobre a Bíblia, que me tinha visto roubar o gado.
Se tu visses os olhos dela quando o juiz ditou a sentença. Para mim o mundo tinha desabado. Eu nem acreditava no que me estava a acontecer.
Acabei por ser condenado, vindo a morrer doente e esfomeado, cheio de frio, nas masmorras de uma prisão. Agora só quero vingança. Podes crer que a vou matar. Vou matar...
Estas Entidades não percebem que as pessoas que querem matar já não são as mesmas, pois estava a viver uma outra encarnação. Igualmente não percebem que há já muito tempo que não reencarnam, tendo permanecido no “tempo mental” da ocorrência que as levara a tão grande sede de vingança.
Aliás, é vulgar as Entidades passarem centenas de anos, e mais, em redor de uma ocorrência que já não faz parte do “tempo real”. Daí ser tão comum doutrinarem-se Entidades que desencarnaram há centenas de anos, e falarem como pessoas das épocas em questão.
Escusado será dizer que esta senhora tinha a vida num em autêntico inferno. Quanto à Entidade, após sessões e sessões de trabalho intenso, veio a reconsiderar e afastou-se com os Guias para um ambiente apropriado, a fim de ser devidamente assistida.
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Se acha que o seu Espírito é fraco, se por tudo e por nada se deixa abater, ou se teme falar dos mortos porque isso o deprime, então:
Lembre-se de que os vivos são igualmente perigosos, pois é o seu pensamento que atrai as negatividades. Estas não têm qualquer força para se impor. São os encarnados que as chamam.
Não acredite se lhe disserem que os Espíritos o perseguem sem mais nem menos, apenas porque são Espíritos. Analise a sua consciência. Certamente encontrará a resposta para semelhantes receios.
Não manifeste medo. O medo é a coisa mais negativa que há. Ele é fraqueza, pensamento turvo, insegurança. As Entidades trevosas divertem-se com o medo dos encarnados, provocando-lhes grandes dissabores.
Confie na prece. Faça do seu pensamento a arma de luz contra as negatividades. Acredite que tem dentro de si todo o potencial necessário à sua vivência espiritual, e que a prece cruza caminhos infinitos no universo.
Não mal diga dos amigos de um falecido, do pai ou da mãe, de uma amizade mais forte. Não se esqueça que todos, bons e menos bons, têm amigos e familiares e protectores e Guias. Todos os temos, sem excepção.
Não fale contra civilizações, países, não queime bandeiras nem participe em congregações contra esta ou aquela nação. Não participe em actos violentos, agressivos. Não cultive a discórdia. Angariar amigos entre os opositores é caminhar para a Grande União. Não se esqueça de que um dia falaremos todos a mesma língua, o Amor.
Não se revolte, não manifeste um queixume, não derrame uma lágrima lamentando o momento difícil que está a atravessar. Os Espíritos negativos agravar-lhe-ão o sofrer e divertem-se com isso.
Olhe sempre em frente, diga a verdade e deposite-se nas mãos de Deus. Só a sua fé o aproxima da Divindade e consegue anular a dor e o sofrimento.
(Continua)
Margarida Azevedo